8.2.07

Cidade

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"A população cria espontaneamente em seu cotidiano, formas e idéias. A discussão e o livre curso do encontro urbano, leva as populações à consciência de si mesmas e ao conhecimento de sua força. Às vezes, isto ainda não é claro para todos. Muitos desprezam o potencial e o fazer anônimo em favor do fazer individualizado e sacralizado. Como se fossem excludentes e houvesse a necessidade de sacralizar a individualidade. É a concepção de que existe um fazer mais nobre e sábio e este fazer pertence a determinadas categorias de pessoas. São os proprietários da linguagem.

A concepção do privilégio e da hierarquia do fazer criativo tem sido diluída na vivência diária. A produção é de idéias e objetos necessariamente de massa. Há um fluxo constante de informações que enriquece o repertório da massa, reassegura os seus valores e inventa novas formas. Este sistema de realimentação permanente é vitorioso e é a maneira que existe, em nossos dias, de conduzir as coisas."








texto retirado de:
KLINTOWITZ, Jacob. A arte do comércio: São Paulo 1900-1930. São Paulo: Senac, 1998.

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