20.11.14

Lenta

Me pergunto que verdades distorcidas a seu favor propagarás para manter cativa a próxima vítima.
E que distanciamentos lhe serão impostos por amor ou por medo?
Dos amigos, do trabalho, da arte ou de sua própria alma e existência?
Qual o preço da promessa?
Qual o prazo da esperança?
Qual o limite entre intuição e preconceito?
Entre segurança e paranóia?
Dor e buraco negro?
Amor e doença?
Quer saber? Escrevo aqui para parar de me perguntar.
E dormir em paz.
Sempre haverá alternativas. Que saibamos escolher bem.
O que realmente nos faça bem.
Mas antes das escolhas e do jogo da busca,
Um mergulho bem fundo nas águas turvas de mim.
Que se acalmem e clareiem
Que brilhem seres fabulosos, no nado livre de minh'alma
Que emerjam borbulhas translucidas e outras multicoloridas.
Que após a queimada, as cinzas alimentem
A floresta trazida em vento, pássaro e borboleta.
Lenta.

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